Que venha a faculdade! - fev 2014

Nosso mote, apresentado durante o debate sobre o projeto que propõe a instalação da Faculdade Estadual de Medicina em Presidente Prudente, foi “Queremos Faculdade Estadual de Medicina Já!” E, após o encontro, fiquei muito mais confiante de que teremos essa nova opção de ensino público de nível superior e gratuito. O apoio maciço da sociedade prudentina e da região me animou sobremaneira.

Pleitear este curso significa ousadia. E não tivemos medo de buscar a vitória. O PL 597/2012 já passou por todas as Comissões na Assembleia e está pronto para a Ordem do Dia, o que significa que está pronto para ir à votação. O trâmite legislativo, acredito, vai ser superado, o projeto tem a compreensão dos colegas deputados. O que precisamos fazer agora é um trabalho de convencimento junto ao Executivo, superar os obstáculos e viabilizar a implementação por parte do governo estadual.

Quando falamos em um curso público, isso nos remete às dificuldades orçamentárias. Apesar de São Paulo tem um orçamento maior que o de países como a Argentina, por exemplo, os problemas aqui também são enormes. Por outro lado, somos o único estado do País que investe tanto em Educação, mais de 30% do bolo orçamentário, o que somados aos investimentos no nível superior e em pesquisa, coloca São Paulo anos-luz à frente dos outros entes federativos.

Sabemos que a aplicação dos recursos oriundos dos impostos é para todo o Estado e temos certeza de que seremos aquinhoados com uma pequena parcela para realizar o nosso intento, já que esse projeto é fruto de uma vontade da região. Também por isso, propus avançarmos para outra etapa e elaborarmos um documento regional, de autoria da sociedade, para mostrar que estamos unidos e que estamos saindo na frente. As lideranças políticas e sociais, as Câmaras Municipais, os sindicatos, as prefeituras, enfim, todos devemos nos manifestar.

Uma coisa é certa, e cada vez mais aumenta minha convicção: em Presidente Prudente cabe mais um curso de medicina, desta vez, público. Me disseram, certa vez, que a cidade vai ganhar muito com isso, que ter mais um curso de medicina vai qualificar a cidade. É correto, mas vai além, Presidente Prudente ganhará com isso mas a região e também o Estado de São Paulo beneficiam-se. Quem sabe não teremos aqui um referencial no ensino da medicina que “exporte” mão-de-obra, invertendo o sentido de direção que nos impuseram nos últimos tempos.