O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, participou da reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, realizada nesta quarta-feira, 4/12. Na presença de vários prefeitos e vereadores de regiões metropolitanas e aglomerados urbanos, o secretário apresentou, em vídeo e mapas, os projetos de sua pasta para a expansão ferroviária em direção ao interior paulista.
Em sua exposição, Fernandes explanou sobre a revitalização de mais de 200 quilômetros de vias férreas; do início de novas obras metroviárias e entrega de estações em 2014 e 2015; e sobre parcerias público-privadas para construção e operação de novos trechos. Ele confirmou o início da operação de trecho do monotrilho que interligará a Vila Sônia até o aeroporto de Congonhas para 2014. Também falou o gerente de planejamento da CPTM, Luciano Luz.
Coordenador da Frente, o deputado Mauro Bragato relatou aos presentes que a mobilização para a expansão do modal ferroviário no Estado e no Brasil tem sido contínua. "Estamos avançando em várias direções. Há um mês estivemos em Brasília para conversar sobre expansão da Ferrovia Norte-Sul, que terá trecho em território paulista", declarou Bragato, lamentando a dificuldade que é obter informações mais precisas do governo federal sobre a Ferrovia Norte-Sul. "Pretendemos envolver o governo estadual nessa questão", declarou. A intenção é que a ferrovia atenda a região do Oeste Paulista, indo de Estrela d’Oeste até Panorama e dali para Rosana, passando por Presidente Epitácio.
Outro integrante da frente, o deputado Welson Gasparini lamentou o estado de abandono de várias linhas férreas no Estado. Segundo o parlamentar, "grupos econômicos, no passado, difundiram que ferrovia era atraso, rodovia era progresso".
Durante a reunião, o secretário respondeu questões formuladas por prefeitos e vereadores dos municípios de Adamantina, São Roque, Narandiba, Quatá, Valinhos e Lucélia. Também estiveram presentes à audiência pública representantes do Sindicato Ferroviário de Campinas.
Entrevista coletiva — Para a imprensa, Fernandes, acompanhado do presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, e do diretor de operações da companhia, Mário Fioratti, afirmou que a reforma dos trens do Metrô não ficou mais cara que a compra de um novo. “Não se trata de simples reforma do trem, há também outros equipamentos envolvidos, novo cabeamento, melhoria na sonorização e iluminação, controle de fumaça e a própria via", declarou. Segundo ele, "jogar fora um trem que ainda vai durar uns 30 anos seria um ato de improbidade administrativa". Ele considera um absurdo classificar esses trens como sucata.
A declaração do secretário foi uma resposta ao pedido feito pelo Ministério Público paulista de suspensão dos contratos de reforma dos trens do Metrô, assinados entre 2008 e 2010.
Participaram da reunião da Frente Parlamentar:
Prefeitos: Adamantina – Ivo Santos; Lucélia – Osvaldo Saldanha; Narandiba – Enio Magro; Quatá – Luciana Guimarães; São Roque – Daniel de Oliveira Costa.
Vereadores: Lucélia – Antonio Carlos Rios e Valdecir Pereira da Silva; São Roque – Alexandre Rodrigo Soares; Valinhos – presidente da Câmara Lorival Messias.
Outros participantes: ; Alessandro Viana – diretor sindical; Ana Cândida Briski – assessora na Câmara de Valinhos; Ariovaldo Bonini Baptista – Sindicato dos Ferroviários de Campinas; Camila Mendes – Sindicato dos Ferroviários de Osasco; Eduardo Issa Ramalho – chefe de divisão em São Roque; Gustavo Pilizari – secretário de Cultura e Turismo de Quatá; Milton Cavalcante – assessor da prefeitura de São Roque; Nelson Rodrigues – assessor da presidência da Abifer; Paschoal Fuocco – Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana; Ralph Giesbreicht – pesquisador de ferrovias; Sérgio de Angelis – diretor de Planejamento de São Roque.
Com Agência de Notícias Alesp
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