A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos “Megashows”, presidida pelo deputado Mauro Bragato na Assembleia Legislativa de São Paulo, aprovou hoje os primeiros convites a empresas do ramo de comercialização de ingressos para shows e espetáculos. Foram chamadas T4F Entretenimento (responsável pela Tickets For Fun), Livepass, Ticket Brasil, Ingresso Fácil, Ingresso.Com, Ingresso Rápido, Weblockers e Plan Promoções.
Além disso, o deputado Bragato também fez o convite para a próxima reunião, marcada para quarta-feira, 07/05, às 11 horas, ao diretor-executivo do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), Paulo Góes, para relatar como o órgão tem agido neste setor do entretenimento. Bragato já havia recebido dossiê, apurado pelo Procon-SP, que vai subsidiar a CPI. Trata-se de um relato de autuações às promotoras de shows e empresas de venda de ingressos.
Bragato ainda solicitou à secretária de Justiça e Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, a disponibilização de um técnico do Procon para assessorar e acompanhar os trabalhos da CPI. A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar problemas relacionados a grandes eventos musicais, esportivos e de lazer em geral, realizados no Estado de São Paulo. Entre os problemas estão a cobrança de taxas - como a de conveniência, que chega a 20% do valor do ingresso; a dificuldade na compra de ingressos; a venda de ingressos somente pela internet, que obriga o consumidor a pagar a taxa, consistindo em prática abusiva; a limitação da quantidade de ingressos de meia-entrada, que também é considerada prática abusiva; a ação de cambistas para conseguir ingressos na abertura das bilheterias, o alto custo dos ingressos que essa atividade impõe aos consumidores e, ainda, a possibilidade de repasse de ingressos falsos.
Outro foco da Comissão será investigar a atividade de cambistas, tão conhecidos nos jogos de futebol, que agora estão aperfeiçoando seu modus operandi, transformando-se em “cambistas eletrônicos”. Chegaram denúncias, facilmente verificáveis na internet, de que vendedoras oficiais de ingressos informavam que não havia mais bilhetes para alguns setores (geralmente, os mais caros) de shows e espetáculos. Logo em seguida, visitando sites de venda “paralela” verificava-se a disponibilidade desses mesmos ingressos, por preço muito superior.
No requerimento em que propôs a CPI, o deputado Bragato ressalta casos relacionados à falta de estacionamentos; táxis que só cobram por corrida, com preços abusivos; falta de transporte público; ausência de banheiros limpos e higienizados; falta de fiscalização da capacidade permitida de público, entre vários outros problemas.
Participaram da reunião os deputados Maria Lúcia Amary (PSDB, vice-presidente da Comissão), Célia Leão (PSDB), Ulysses Tassinari (PV) e Francisco Tito (PT).
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