O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antônio Zago, compareceu na quarta-feira, 9/09, à reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, presidida pelo deputado Orlando Bolçone (PSB), para fazer um balanço do desempenho da universidade e os desafios em um período de recessão econômica. Com a presença do deputado Mauro Bragato e outros parlamentares, a reunião serviu para que o professor Zago apresentasse índices de produtividade científica, inclusão social e classificação nos diversos índices das universidades brasileiras e estrangeiras.
Segundo os dados apresentados, a USP ainda é a universidade brasileira mais bem colocada nos rankings internacionais e a primeira em produção científica no Brasil e nos países da América Latina.
Entre as dificuldades apontadas, o reitor apresentou dados que mostram que a universidade nos últimos anos tem gasto mais do que o seu orçamento, sendo que os salários, principalmente dos servidores não docentes, têm grande impacto. Zago afirmou que, entre as medidas tomadas para tentar equilibrar o orçamento, houve o congelamento das contratações e a suspensão de obras não fundamentais e urgentes.
Respondendo pergunta dos deputados, Zago informou que foi criada uma controladoria da USP e que estão em estudo modificações do estatuto da universidade para as necessárias atualizações.
Quanto à inclusão de alunos oriundos do ensino público, Marco Antonio Zago mostrou dados que comprovam o aumento da inserção de alunos de menor poder financeiro e que a universidade no próximo vestibular reservou 13% das vagas para alunos que participem do ENEM.
Quanto às denúncias sobre a Fundação da USP (FUSP), o reitor respondeu que foi aceito o afastamento do diretor da fundação, foram criadas duas comissões de sindicância - uma dentro da própria fundação outra pela universidade - e que a denúncia de desvios está sendo apurada pelo Ministério Público.
Ao encerrar sua fala, o reitor reiterou que é necessário achar formas de aumentar o aporte de recursos e também aumentar o valor do teto salarial dos servidores estaduais, pois com esta limitação os melhores quadros da universidade estão migrando para as universidades federais que pagam mais ou para a iniciativa privada, o que pode causar uma baixa de qualidade do corpo docente ao longo dos anos.
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