Sob a coordenação do deputado Mauro Bragato, foi lançada nesta quinta-feira, 8/10, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar da Defesa Civil. “O objetivo da frente é chamar a atenção dos gestores públicos para as características de uma cidade resiliente”, esclareceu Bragato. Segundo o deputado, a ideia da frente tem como base a realização em março passado, em Sendai, Japão, da 3ª Conferência Mundial da ONU sobre a Redução de Risco de Desastre, com a definição de compromissos para a redução de impactos negativos de fenômenos naturais. Vinte e sete parlamentares são membros da frente.
Conquistar o apoio dos municípios para mudar a cultura prevalecente de não-prevenção vai além dos aspectos técnicos e precisa ter na educação uma parceria fundamental, observou Bragato. “O tempo está mostrando que nossas vulnerabilidades são maiores do que imaginávamos”, ele destacou. O coordenador da frente colocou ainda como meta de trabalho “não ficar só na Assembleia e buscar a mobilização da sociedade”. Cerca de 30 municípios estavam representados no evento, com a presença de prefeitos, vereadores e secretários, além de coordenadores regionais de Defesa Civil, que representam quase o Estado de São Paulo inteiro.
“A frente é uma iniciativa estruturante, que vai permitir desenvolver a Defesa Civil como uma teia de proteção ao povo paulista”, definiu o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira. Ele revelou a expectativa de que, com a atuação da frente parlamentar, aumente o número de cidades participantes do programa Construindo um Município Resiliente, que hoje são 259.
Além de destacar as “mudanças climáticas visíveis”, que incluem a atual estiagem e a previsão de uma intensa temporada de chuvas no próximo verão, Oliveira colocou em pauta a criação de um Fundo da Defesa Civil com a participação de municípios, Estado e União. Esse órgão permitiria “a transferência mais rápida de recursos com segurança jurídica”.
Também compuseram a mesa de abertura do evento a coordenadora regional de Defesa Civil da Baixada Santista, Regina Elsa Araújo, e o secretário de Segurança Urbana de Santana de Parnaíba, Eduardo Espósito. Regina comemorou o fato de “a consciência dos cidadãos estar despertando para esse tema, valorizando um planejamento que muitas vezes se vale de tristes lições do passado”.
Espósito, por sua vez, louvou a oportunidade de a frente “estar trazendo à Defesa Civil vontade política. E com a vontade política vêm recursos. O fato é que não temos orçamento para a Defesa Civil nos pequenos municípios”, resumiu.
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