Reitores da Unesp e USP, respectivamente, Júlio Cesar Durigan e Marco Antonio Zago, acompanhados da pró-reitora de Desenvolvimento Universitário da Unicamp, Teresa Dib Zambon Atvars (representando o reitor José Tadeu Jorge), compareceram nesta quarta-feira, 21/10, à Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, presidida pelo deputado Mauro Bragato. Deixaram claro o pleito aos parlamentares: reivindicam que o repasse dos 9,57% a que as três universidades paulistas têm direito seja calculado sem a exclusão da alíquota de 1% destinada ao setor de habitação. O deputado Bragato já se posicionou favoravelmente a esta reivindicação várias vezes, anteriormente. Os reitores também querem que os professores universitários possam receber salários superiores ao teto fixado no Estado em 100% do subsídio do governador.
Durigan assinalou que as dificuldades orçamentárias sempre ocorreram em função da atividade econômica, e não por ação administrativa ou má gestão. "Em época de atividade econômica maior, atingimos o que consideramos um patamar satisfatório, ou seja, 80% a 85% para cobrir a folha de pagamento e o restante para trabalho acadêmico e pagamento dos inativos. Hoje, temos 55 a 60% para o pagamento dos servidores ativos e 28 ou 29% para o dos inativos", comparou.
Os reitores também falaram sobre o salário dos professores. Um professor titular recebe atualmente pouco mais de R$ 14 mil reais de salário base, além de outras gratificações a que tem direito em 30 anos de carreira. É opinião unânime que o teto atual causa desestímulo ao docente, já que nas outras universidades os salários são maiores. "As consequências serão trágicas para a Unesp que, assim como a USP e Unicamp, vivencia a necessidade de substituição dos quadros do corpo docente. É nossa maior preocupação em dez anos, pois a Unesp criou dez novos campus de 2000 a 2014", relatou Durigan.
Com Agência Alesp
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