05/10/2011

Projeto visa a distribui??o de biocurativo para feridas cr?nicas

Projeto visa a distribui??o de biocurativo para feridas cr?nicas

O deputado Mauro Bragato apresentou na Assembleia Legislativa o projeto de lei (PL 918/2011), que torna obrigatório no Estado de São Paulo, o fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de medicamentos biocurativos para o tratamento de feridas crônicas. Bragato defende a distribuição do medicamento que trata da cicratização das feridas, informando que pesquisadores e médicos da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu desenvolveram três novos produtos terapêuticos que foram testados em aproximadamente 2 mil pacientes e se mostraram eficazes em 85% dos casos.

A chefe dos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, Elenice Deffune, explica que o curativo interage com a pele e cria um processo natural de cicatrização em feridas de difícil tratamento. Para o deputado, essa conquista representa um avanço na busca da cura de  feridas crônicas.

Os biocurativos, denominados biofibrin, gel de plaquetas e gel mix, são produzidos a partir de dois componentes do sangue, o plasma e as plaquetas, provenientes do descarte do banco de sangue quando no vencimento das embalagens. Segundo a pesquisadora, muitos pacientes que sofrem de feridas crônicas têm dificuldade em comprar produtos à base de colagenase que  chegam a custar US$ 400 a bisnaga. Além de mais barato, o processo desenvolvido pela Unesp, denominado biocurativo, tende a ser mais eficiente que os tradicionais.

¨Enquanto os curativos comuns se limitam a higienizar a ferida ou promover o conforto do doente, o biocurativo interage com a pele, criando condições semelhantes ao processo de cicatrização fisiológico”, ressalta a médica, informando que há outros produtos bioativos no Brasil, mas o custo é elevado.

A proposta do projeto foi apresentada ao deputado pelo vereador Alaor Aparecido Ribeiro, da Câmara Municipal de Santo Anastácio. “Por tratar-se de medida de alcance social, espero contar com o apoio dos demais parlamentares para a aprovação”, conclui Bragato.